sexta-feira, 26 de agosto de 2016

MULHER MARAVILHA


"Há muito tempo eu deixei de querer ser uma mulher-maravilha.

Resultado de imagem para mulher maravilhaAprendi que ir além dos meus limites, achar que sou mais durona do que na verdade posso ser e ignorar meus ciclos, ritmos e estações internas, só trazem prejuízos a mim mesma.

Não tenho mais medo de ser frágil, de pedir ajuda, de saber a hora de parar e os momentos em que preciso me recolher e quando silenciar. Mas também sei ser forte...Ser impossível, ser guerreira, ser feminina, quando usar salto, quando quero estar largada e sem maquiagem, sem perder minha feminilidade. Sei ser amiga, amante, mãe, anciã, donzela e criança quando preciso ser.

Sou mutável. Sou circular. Sou fluida. Sou mulher.

Nem sempre é fácil. Mas não quero mais competir com os homens, e também não quero ser daquela que diz que não precisa deles. Por que senão, onde fica o equilíbrio das polaridades? Onde entra o casamento sagrado de Shiva e Shakti? Onde fica a honra e reverência ao Sagrado Masculino, assim como devoto ao Sagrado Feminino?

Aprendi que preciso cada dia me completar mais e me enebriar de mim mesma...para assim, saber convidar e entender o papel do masculino em minha vida. Somos parte do mesmo.

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Jonathan Fotografias
Aprendi que cada dia sou uma, que minha TPM só vem quando estou me desrespeitando ou deixando de ouvir meu corpo. Aprendi que quando estou triste, não é porque estou com falta de homem. Aprendi que quando estou nervosa, não é porque estou com falta de sexo, mas, sim, quando estou em falta comigo mesma - sem me cuidar, me ouvir e me honrar.

Há muito tempo eu deixei de querer ser uma mulher-maravilha. Hoje, estou confortável em ser apenas Mulher, e aprender a conviver com as mais de mil facetas que me compõem, as Deusas, aspectos da Grande Mãe, Útero Sagrado, de onde vim, e para onde eu retorno sempre que preciso me fortalecer.

Há muito tempo eu deixei de querer ser uma mulher – Maravilha. Preferindo viver em Maravilha na infinitude que é ser Mulher."


Autoria desconhecida 

(Por favor, caso alguém conheça a autoria, deixe nos comentários para que eu possa dar os devidos créditos).

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Consumo consciente - Quem fez minhas roupas?

Olá!

"Forçada(o) a trabalhar horas exaustivas"
Assim como eu, acredito que você também já deve ter tido a "grande oportunidade" de comprar uma peça de roupa tão barata que você não acreditou que fosse possível economizar tanto! A sensação de comprar algo muito barato é ótima, a princípio, mas você já parou para pensar em quem fez as suas roupas?

A pergunta vem de uma reflexão importante quando nos questionamos sobre consumo consciente. É que por trás daquela roupinha baratinha que você comprou pode ter o trabalho semi-escravo de uma costureira ou um trabalho de uma criança.

"Ah, Rafa! Não existe mais trabalho escravo". Existe sim! Se você se propuser a pensar nas relações de trabalho e na qualidade de vida e saúde dos trabalhadores, não vai demorar muito a achar alguma pesquisa que revela a situação precária de trabalho de costureiras em vários lugares do mundo, assim como as remunerações insuficientes e totalmente injustas comparadas às cargas horárias extenuantes de trabalho.

Já faz algum tempo que as pessoas começaram a consumir com mais consciência. Considero essa questão tão importante para nós mulheres porque estamos dos dois lados da moeda: o lado de quem produz/trabalha (grande parte dos trabalhadores da indústria têxtil são mulheres) e o lado de quem consome (compradora, para quem maior parte dos anúncios de moda são direcionados).

Pesquisando sobre essa relação de consumo consciente e moda, tive conhecimento do livro Stiched Up, da jornalista inglesa Tansy Hoskins. A jornalista fala sobre a mão de obra barata, padrões de beleza ditados pela moda, mídias, questões ambientais etc.


Tansy Hoskins e seu livro Stitched Up

Em entrevista ao modefica.com a jornalista falou:

"Eu decidi escrever Stitched Up porque eu não conseguia encontrar as respostas as quais eu precisava sobre a indústria da moda. Apesar de Stitched Up ser um livro bem global, é também um projeto pessoal baseado em perguntas pessoais que eu tinha como a luta de amigas minhas com transtornos alimentares, sobre o porquê eu lia Vogue todos os meses, mas raramente via modelos que não eram brancas."

Recortei esta fala da jornalista porque só nesta fala já é possível entrever várias questões relacionadas ao consumo consciente, à precarização do trabalho feminino e à popularização dos padrões surreais de beleza

A questão dos padrões de beleza ditados pela moda e reforçados pela mídia são tema de muitos estudos e artigos e em breve devo abordar esses e outros temas aqui também. Se você gostou, por favor, deixe sua impressão/opinião abaixo.

Até a próxima!