quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Consumo consciente - Quem fez minhas roupas?

Olá!

"Forçada(o) a trabalhar horas exaustivas"
Assim como eu, acredito que você também já deve ter tido a "grande oportunidade" de comprar uma peça de roupa tão barata que você não acreditou que fosse possível economizar tanto! A sensação de comprar algo muito barato é ótima, a princípio, mas você já parou para pensar em quem fez as suas roupas?

A pergunta vem de uma reflexão importante quando nos questionamos sobre consumo consciente. É que por trás daquela roupinha baratinha que você comprou pode ter o trabalho semi-escravo de uma costureira ou um trabalho de uma criança.

"Ah, Rafa! Não existe mais trabalho escravo". Existe sim! Se você se propuser a pensar nas relações de trabalho e na qualidade de vida e saúde dos trabalhadores, não vai demorar muito a achar alguma pesquisa que revela a situação precária de trabalho de costureiras em vários lugares do mundo, assim como as remunerações insuficientes e totalmente injustas comparadas às cargas horárias extenuantes de trabalho.

Já faz algum tempo que as pessoas começaram a consumir com mais consciência. Considero essa questão tão importante para nós mulheres porque estamos dos dois lados da moeda: o lado de quem produz/trabalha (grande parte dos trabalhadores da indústria têxtil são mulheres) e o lado de quem consome (compradora, para quem maior parte dos anúncios de moda são direcionados).

Pesquisando sobre essa relação de consumo consciente e moda, tive conhecimento do livro Stiched Up, da jornalista inglesa Tansy Hoskins. A jornalista fala sobre a mão de obra barata, padrões de beleza ditados pela moda, mídias, questões ambientais etc.


Tansy Hoskins e seu livro Stitched Up

Em entrevista ao modefica.com a jornalista falou:

"Eu decidi escrever Stitched Up porque eu não conseguia encontrar as respostas as quais eu precisava sobre a indústria da moda. Apesar de Stitched Up ser um livro bem global, é também um projeto pessoal baseado em perguntas pessoais que eu tinha como a luta de amigas minhas com transtornos alimentares, sobre o porquê eu lia Vogue todos os meses, mas raramente via modelos que não eram brancas."

Recortei esta fala da jornalista porque só nesta fala já é possível entrever várias questões relacionadas ao consumo consciente, à precarização do trabalho feminino e à popularização dos padrões surreais de beleza

A questão dos padrões de beleza ditados pela moda e reforçados pela mídia são tema de muitos estudos e artigos e em breve devo abordar esses e outros temas aqui também. Se você gostou, por favor, deixe sua impressão/opinião abaixo.

Até a próxima!


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