Olá!
"Forçada(o) a trabalhar horas exaustivas" |
Assim
como eu, acredito que você também já deve ter tido a "grande
oportunidade" de comprar uma peça de roupa tão barata que você
não acreditou que fosse possível economizar tanto! A sensação de
comprar algo muito barato é ótima, a princípio, mas você já
parou para pensar em quem
fez as suas roupas?
A
pergunta vem de uma reflexão importante quando nos questionamos
sobre consumo
consciente.
É que por trás daquela roupinha baratinha que você comprou pode
ter o trabalho semi-escravo de uma costureira ou um trabalho de uma
criança.
"Ah,
Rafa! Não existe mais trabalho escravo". Existe sim! Se você
se propuser a pensar nas relações de trabalho e na qualidade de
vida e saúde dos trabalhadores, não vai demorar muito a achar
alguma pesquisa que revela a situação precária de trabalho de
costureiras em vários lugares do mundo, assim como as remunerações
insuficientes e totalmente injustas comparadas às cargas horárias
extenuantes de trabalho.
Já
faz algum tempo que as pessoas começaram a consumir com
mais consciência.
Considero essa questão tão importante para nós mulheres porque
estamos dos dois lados da moeda: o lado de quem produz/trabalha
(grande parte dos trabalhadores da indústria têxtil são mulheres)
e o lado de quem consome (compradora, para quem maior parte dos
anúncios de moda são direcionados).
Pesquisando
sobre essa relação de consumo consciente e moda, tive conhecimento
do livro Stiched
Up,
da jornalista inglesa Tansy Hoskins. A jornalista fala sobre a mão
de obra barata, padrões de beleza ditados pela moda, mídias,
questões ambientais etc.
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Tansy
Hoskins e seu livro Stitched
Up
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Em
entrevista ao modefica.com a jornalista falou:
"Eu
decidi escrever Stitched
Up porque
eu não conseguia encontrar as respostas as quais eu precisava sobre
a indústria da moda. Apesar de Stitched
Up ser
um livro bem global, é também um projeto pessoal baseado em
perguntas pessoais que eu tinha como a luta de amigas minhas com
transtornos alimentares, sobre o porquê eu lia Vogue todos os meses,
mas raramente via modelos que não eram brancas."
Recortei
esta fala da jornalista porque só nesta fala já é possível
entrever várias questões relacionadas ao consumo consciente, à precarização
do trabalho
feminino e à popularização dos padrões surreais de beleza.
A
questão dos padrões de beleza ditados pela moda e reforçados pela
mídia são tema de muitos estudos e artigos e em breve devo
abordar esses e outros temas aqui também. Se você gostou, por favor,
deixe sua impressão/opinião abaixo.
Até
a próxima!
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