terça-feira, 12 de julho de 2016

Finanças para mulheres

Falamos em postagens anteriores sobre as armadilhas na hora das compras e como nosso consumo é influenciado por fatores emocionais em vez de se basearem em decisões racionais. A questão que eu gostaria de trazer hoje, após as postagens sobre consumo consciente, é a consciência de uma educação financeira.



Bem, eu não sou economista, sou psicóloga. Também estou longe de ser exemplo de qualquer coisa. O que tento fazer aqui é compartilhar algumas das minhas experiências pessoais para que vocês consigam pensar nas suas próprias questões.

Uma questão que sempre me chamou a atenção foi a independência financeira. Comecei a trabalhar muito cedo e achava estranho as pessoas dizerem que quanto mais trabalhavam, menos dinheiro tinham. Oi?! 

Parecia absurdo eu ver as pessoas trabalhando tanto e não serem ricas. Foi aí que eu, ainda adolescente, comecei a tentar entender de finanças. Se você, mulher, nunca parou para pensar no assunto, é bom se ligar nisso. A independência financeira é de extrema importância no nosso processo de empoderamento. (Vou falar em postagens posteriores sobre como a população feminina é economicamente ativa e como nossa contribuição para a economia brasileira cresceu nos últimos 60 anos, mas é estranho que ainda soframos tanto para ter a nossa tão sonhada independência financeira).


Desde muito cedo percebi que as pessoas tinham uma relação de sofrimento com o dinheiro. É, de sofrimento mesmo! Sofriam para ganhar e sofriam na hora de gastar. O resultado é que sempre estavam insatisfeitas com o quanto ganhavam e nunca estavam satisfeitas com o que tinham comprado, sempre queriam mais. Então comecei a "produzir". Comecei minha vida profissional dando aulas para adultos (alfabetização de adultos) no interior de Pernambuco, ajudando minha mãe a dar aulas nos fundos de casa. Eu devia ter uns 12 anos de idade.

Era uma atividade voluntária e as pessoas pagavam se pudessem, o quanto pudessem. Alguns davam 10 reais por mês, quem não podia dar nada às vezes se sentia agradecido e mesmo assim queria pagar com uma gentileza (já me pagaram com um bolo! rs). A questão é que comecei a ganhar um dinheirinho com uma atividade que eu gostava de fazer: ajudar as pessoas a serem independentes.

Lembro de ter conseguido juntar 60 reais (tudo isso!) e fiquei sem saber o que fazer com tanto dinheiro (lembrem que eu era praticamente uma criança, aquilo pra mim era uma fortuna! rs). Pensando em como as pessoas sofriam para ganhar dinheiro, achei melhor guardar, poupar. Foi a minha primeira iniciativa de me educar financeiramente.

Não preciso dizer como essa atitude tão precoce foi importante para meu crescimento como pessoa, como mulher, como profissional. Fui crescendo e percebendo que quanto mais eu ganhava, mais eu gastava. Por mais que eu poupasse, aquela poupança não tinha um objetivo, eu não pretendia nada com aquilo, não tinha planos para aquele dinheiro (que nem era tanto assim) e eu acabava gastando no final do ano comprando presentes ou bobagens. A questão é:

1 - Poupe dinheiro com um objetivo!

Poupar não deve ser só um hábito, mas deve ter um objetivo. Aprendi que quando eu tinha um objetivo (por exemplo, minha primeira grande compra foi uma televisão que eu queria muito e paguei à vista com o salário do meu primeiro emprego de carteira assinada), eu conseguia poupar de forma mais consciente, sabendo que aquele dinheiro teria um uso e me beneficiaria posteriormente. Eu tinha sempre uma meta na hora de poupar.

Acredito que a segunda coisa a ser levada em consideração é o tempo. Investimentos são definidos como de curto, médio e longo prazo. Então

2 - Estabeleça um prazo para alcançar a sua meta!

Como eu era muito jovem, minhas primeiras aspirações foram bens materiais que pudessem me trazer conforto, mas eu também sempre gostei muito de viajar, então meu dinheiro sempre era poupado para comprar algo ou pagar uma viagem ou curso de curta duração. Neste caso, meus investimentos eram de curto prazo. O que deve definir o tempo que você vai investir é a sua meta. É provável que você tenha que fazer um investimento de médio prazo para conseguir comprar um carro, por exemplo.

Se você aceitar mais uma dica aqui sobre como investir ou poupar seu dinheiro, eu diria que o ideal seria você 

3 - Poupar sempre!

Como eu disse no item 1, isso deve ser um hábito. Os especialistas em finanças dizem que 30% do seu ganho mensal deve ser poupado. Não sei se todas tem condições de investir/poupar 30% do que ganham, mas acredito que sempre é possível poupar alguma coisa e o hábito de poupar sempre faz com que possamos ter uma relação mais saudável com o dinheiro. Começar com pouco já é um começo. Aos poucos, criando o hábito de poupar, você conseguirá estabelecer suas metas e prazos realistas para alcanças suas metas financeiras.

Espero que gostem desse tema tanto quanto eu. É um tema que julgo muito importante e espero que possamos falar em breve sobre isso novamente. Até lá!




3 comentários:

  1. Gostei bastante das suas postagens! Tô tentando escrever um blog, mas me desmotivo facilmente! www.quisumlugar.blogspot.com Beijos e boa sorte!!!

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    1. Oi, Cristiane. A motivação para escrever vem quando você encontra um tema que seja relevante para você. Espero que continue me visitando, vamos conversando sobre o tema, já que te interessa. Assim podemos ampliar nossas discussões e crescer juntas! Obrigada por deixar sua opinião.

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    2. Este comentário foi removido pelo autor.

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