domingo, 24 de julho de 2016

O casamento como uma sociedade

Olá!

Gostaria de compartilhar com vocês um texto que li e achei interessante. O mais interessante sobre esse texto deve estar no fato curioso de ele estar circulando tanto, como uma coisa de outro mundo. Na verdade, é um dos textos mais lúcidos que já li sobre casamento. Acredito que o fato de ter circulado é porque mostra a visão de um homem sobre o casamento, uma visão não tão comum como deveria.

Nada daquelas visões machistas e clichês sobre casamento. O autor (desconhecido, infelizmente) fala sobre o casamento como uma sociedade e revela a importância de se colocar como sócio, já que o casamento é dele, a casa também é dele, os filhos também são dele. Ele não participa das atividades da casa, ele é parte daquela casa, daquela família.

Tenho visto alguns psicólogos que trabalham com casais dizerem que o que mais ouvem das mulheres como motivo de término de casamentos é o peso da rotina. São mulheres cansadas dos afazeres domésticos e de parceiros/companheiros que não se comprometem com os afazeres, como se aquelas atividades fossem das esposas, das mulheres, das mães.

O mais interessante é que estudos científicos foram realizados para comprovar o óbvio: "Casais que dividem as tarefas domésticas e o cuidado com os filhos são mais felizes e tem vida sexual melhor". 

Compartilho abaixo o texto, espero que gostem.

Eu não ajudo minha mulher... nós somos sócios!!!



“Um amigo vem a minha casa tomar café, sentamo-nos e conversamos, falando sobre a vida… “Vou num instante lavar os pratos que ficaram no lava-louças”, digo-lhe.

Ele olha para mim como se lhe tivesse dito que vou construir uma nave espacial. Diz-me com admiração, mas um pouco perplexo: “Ainda bem que ajudas a tua mulher, quando eu o faço a minha mulher não elogia. Ainda na semana passada lavei o chão e nem um obrigada.”

Voltei a sentar-me com ele e expliquei-lhe que eu não ajudo a minha mulher. Como regra, a minha mulher não necessita de ajuda, tem necessidade de um sócio. Eu sou um sócio em casa e por via desta sociedade as tarefas são divididas, mas não se trata certamente de um apoio à casa.

Eu não ajudo a minha mulher a limpar a casa porque eu também vivo aqui e é necessário que eu também limpe.

Eu não ajudo a minha mulher a cozinhar porque eu também quero comer e é necessário que eu também cozinhe. Eu não ajudo a minha mulher a lavar os pratos depois da refeição porque eu também usei esses pratos. Eu não ajudo a minha mulher com os filhos porque também são meus filhos e a minha função é ser pai. Eu não ajudo a minha mulher a estender ou a dobrar a roupa, porque também é roupa minha e dos meus filhos.

Eu não sou uma ajuda em casa, sou parte da casa. E no que diz respeito a elogiar, perguntei-lhe quando é que foi a última vez que, depois de ela acabar de limpar a casa, tratar da roupa, mudar os lençóis da cama, dar banho aos filhos, cozinhar, organizar, etc., disseste a ela "obrigado"?

Mas um obrigado do tipo: wow!!! Mulher minha! És fantástica!!! Parece-te absurdo? Parece-te estranho? Quando tu, uma vez na vida, limpaste o chão, esperavas no mínimo um prêmio de excelência com muita glória e relações públicas…Por quê?

Nunca pensaste nisso, amigo? Talvez porque para ti é um dado adquirido que tudo seja tarefa dela? Talvez te tenhas habituado a que tudo isto seja feito sem que tu tenhas de mexer um dedo? Então elogia como tu querias ser elogiado, da mesma forma, com a mesma intensidade. Dá uma mão, comporta-te como um verdadeiro companheiro, não como um hóspede que só vem comer, dormir, tomar banho… Sente-te em casa. Na tua casa.”


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